— Agora estou feliz. Após 11 anos de separação,
tenho, enfim, um novo relacionamento. E estável.
Mas, quer saber do melhor? Não tenho nenhum
compromisso — foi assim que Roselyme
contou sobre seu novo namorado.
Ela dizia que era isso que vinha buscando desde
queMateus a largou. Na época, foi umduro baque.
Os dois estavam juntos há uns 15 anos. Tinham
uma história de amor até que comum: se
conheceram quando eram crianças, começaram a
namorar no ginásio e, assim que terminaram o colégio,
ela engravidou. Então, viram-se obrigados a
casar. Um ano depois, ela mal havia perdido os
quilos da primeira gestação, veio a segunda.
Quando a filha mais velha tinha 10 anos, as brigas
eram diárias e Mateus resolveu ir embora.
Rosely sentiu-se injustiçada. Aos 28, ela parecia
uma mulher às vésperas de completar 50. Maltratada,
gorda, sem emprego e com os dois filhos
sempre a tiracolo, ela se comparava a lixo, sozinha
e abandonada. Demorou muito para superar. Foram
anos de terapia. Mas começou a trabalhar por
conta, vender roupas, depois joias, produtos de
beleza, seguro de vida, enfim, se virou. Conseguiu
um emprego de gerente de restaurante, foi estudar
culinária, aprendeu sobre gestão de empresas.
Também emagreceu e voltou a se cuidar. Agora,
parecia ter a idade que realmente tinha. Estava
prestes a completar 40.
Já Mateus logo se casou de novo. Aliás, quando
se separou, ele já tinha uma “namorada” — um
caso com uma das estagiárias de sua firma. Moça
bem mais nova, cursava faculdade, era inteligente
e muito, muito bonita. Ele montou um bom apartamento
para os dois e recomeçou a vida. Parecia
feliz. Quando o primeiro filho deles nasceu, cha-
•E você, tem uma boa história para contar? Ela pode inspirar a
próxima coluna. Mande seu e-mail: vcolin@diariosp.com.br
mou os seus filhos do casamento com Rosely para
serem padrinhos.Naquela altura, o traumada separação
já havia sido superado por Rosely e os dois
estavam bem amigos. Ele, dia sim dia não, ia à casa
da ex-mulher. Ela e a filha, que já era uma moça,
decidiram montar um negócio próprio, um café
no Centro da cidade.Mateus, que era contador,
decidiu ajudar com a papelada.
Foi numa noite dessas de trabalho, entre formulários,
fichas e cálculos, que os olhares de Mateus
e Rosely cruzaram-se de novo. Os filhos tinhamsaído,
um “não sei quê” aconteceu e os dois
terminaram na cama. Foi a melhor transa dos
dois, nos últimos anos. E ele virou freguês. Voltaram
a se falar todo dia e a se ver sempre. E com a ex,
a mulher oficial nem desconfiava de traição.
— Virei amante do meu ex-marido. E é por isso
que é bom. A parte chata fica com ela. Quando ele
quer transar, é pra minha casa que ele vem. E
quando quer brigar, é com ela que ele fica.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário