domingo, 2 de janeiro de 2011

22/02/2009 roupas e lingeries

22/02/2009 roupas e lingeries Jorge chegou para mim e perguntou assim, de supetão, como se quisesse me testar: — Sabe que cada mulher tem um jeito próprio de tirar a roupa na hora do amor? Acho que tem a ver com personalidade. Às vezes, isso dá um certo medo na gente... — Como assim? Eu nunca pensei nisso. Como é? — quis saber, já entendendo que a história poderia ser divertida. E, para mim, surpreendente. Então, Jorge me contou por que acha curioso observar as mulheres tirarem a roupa. — Há aquelas que vão tirando conforme rolam os beijos e os abraços e jogando tudo para qualquer canto. E também ajudam a gente (os homens, é claro) a tirar a nossa roupa. É o mais comum. Tem as que já vão tirando tudo antes do parceiro começar. Essas se apresentam já prontas, ou melhor, nuas. E tem as que transam com roupa. — Deve ser um fetiche, nada de anormal, oras! — minimizei, fazendo de conta que o assunto não me interessava mais. — É, mas a coisa mais louca que já vi foi uma mulher que só transava depois de dobrar as roupas e colocá-las em um lugar seguro. Imagina o rapaz, já na cama, esperando a dona tirar tudo e dobrar para não amassar. E não era um striptease. Era tudo muito formal. Dessa deu medo! Nunca mais. — Eu continuo achando que é fetiche — encerrei o assunto, sem saber muito como interpretar a personalidade feminina através disso. Mas não tirei a história da cabeça. Mesmo porque ela me fez pensar em quanto é importante o comportamento sexual ou sensual do parceiro ou da parceira ao longo de um relacionamento. Não bastam o afeto e o desejo. Uma pequena ação aparentemente “esquisita” pode levar um namoro promissor à catástrofe irreversível. Ou seja, pode transformar uma grande história de amor em um “sai da frente que eu estou pulando fora já!”. Um outro amigo me explicou que estabelece para os seus relacionamentos um tipo de corte, para ele seguro, mas, para mim, para lá de machista: — Vivi , calcinha bege não dá! Se a mulher aparece com lingerie nesta cor, já era. Não rola. O desejo vai embora — garante Alfredo. — Como assim, Alfredo? A cor do sutiã da garota não pode ter nada a ver com o que você sente por ela. Além disso, há conjuntos de lingerie lindíssimos, com rendinhas e pérolas. Caríssimos por sinal — retruquei, mas já insegura: será que devo olhar melhor para o meu guarda-roupas? — Não tem jeito — insistiu. — Em compensação, a mulher vestida com aquelas peças de oncinha não consigo dispensar. É muito sensual. Só pude responder com um sorriso. Afinal, na hora H, o que vale é o que dá prazer. E para ambos.

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